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sábado, 2 de agosto de 2008

Centenário de Salvador Allende: "Jamais me conformarei que a direita governe", diz filha

28/06/2008Centenário de Salvador Allende: "Jamais me conformarei que a direita governe", diz filha
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Manuel DélanoEm Santiago do ChileEleita parlamentar desde 1994 sem interrupções e presidente da Câmara dos Deputados em 2003-2004 - ela dedicou boa parte de sua vida para resgatar a memória de seu pai, Salvador Allende, desde que a seu pedido, em 1973, saiu do palácio de La Moneda, sede da presidência do Chile, quando este era atacado pelos militares e depois precisou partir para o exílio. Ela liderou as comemorações do centenário de nascimento de Salvador Allende e agradece o apoio da Espanha a essa comemoração.El País - Allende está vivo na consciência dos chilenos?Isabel Allende - Mais vivo que nunca e não só na consciência dos chilenos. Ele é uma referência universal. Estou chegando da China e do Vietnã, onde lhe prestaram homenagens, como na Austrália, Nova Zelândia, Canadá, Suíça, na França, em muitas comunas. Haverá cerimônias em Cuba, Brasil, Argentina, Uruguai, Peru, Dinamarca, Suécia, Itália, Alemanha, Áustria. Poucas vezes se viu um fenômeno como esse.
CENTENÁRIO

Exposição em Santiago do Chile homenageia Salvador Allende
COMUNISTAS E EX-INIMIGOS
'DIREITA NO PODER JAMAIS'EP - O que da mensagem de seu pai ainda está atual no século 21?Allende - Em cada rincão do mundo, mas em especial na América Latina, que é a região onde há mais desigualdade no planeta - não a mais pobre - com alta concentração de renda, enormes injustiças e muita discriminação, nos locais onde se pense em terminar com essas injustiças com o desenvolvimento material, humano e intelectual e onde se vise a igualdade de condições, a mensagem de Allende vive. Ele dedicou sua vida para melhorar as condições de seu povo, lutar pelos que tinham menos e tornar o país mais justo. Se no Chile se fará até julho uma reforma que dará uma pensão solidária aos mais pobres é porque Allende nacionalizou o cobre em 1971. É a visão de um homem que pensou que a riqueza mais importante do país deveria ir para o conjunto da população e não para mãos privadas como tem sido até o momento.EP - Estão abertas as "grandes alamedas" às quais se referiu Allende em seu último discurso? Allende - Conseguimos recuperar a democracia e temos quatro governos seguidos da "Concertación". Foram feitas políticas muito focalizadas que nos permitiram corrigir uma parte dessas enormes desigualdades. Temos tido êxitos na redução da pobreza, mas persistem grandes desigualdades e devemos melhorar a qualidade dos serviços, conseguir que os chilenos tenham melhores moradias, saúde, educação e proteção social. Abriram-se as alamedas com a recuperação da liberdade e da democracia e em parte, a justiça, mas a justiça social ainda está pendente para o futuro.EP - As pesquisas para a sucessão presidencial dão vantagem à direita. Allende - Tivemos quatro governos, há desgaste e se a "Concertación" não é capaz de se renovar e apresentar propostas atraentes ao país, se corre um sério risco. Para mim seria dramático: jamais me conformarei com um governo da direita. Essa direita, que hoje está dentro do jogo democrático, é a mesma que incentivou e acompanhou o golpe militar, esteve na ditadura e jamais foi capaz de passar por uma autocrítica profunda. É a mesma direita que não permite a pílula do dia seguinte, que em um momento esteve contra o divórcio e que durante anos foi cúmplice e silenciou sobre as violações aos direitos humanos. O país deve julgar: será o mesmo se governar essa direita ou a "Concertación"? Nós cometemos erros, é bem possível, faltam coisas, mas sou otimista e creio que o povo voltará a nos apoiar. Tradução: Claudia Dall'Antonia
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