Célula Vermelha

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"Os poderosos podem matar uma, duas ou três rosas, mas jamais conseguirão deter a primavera inteira!" CHE

Mobilização na Paulista

Mobilização na Paulista
Integrantes da Célula na mobilização da Paulista

Mobilização na Av. Paulista

Mobilização na Av. Paulista
Cerca de 40 mil professores da rede Estadual de ensino tomaram à Av. Paulista nesta sexta dia 12/03/2010

terça-feira, 4 de maio de 2010

Por que Serra não foi ao 1º de Maio?

Nas comemorações do Dia Internacional dos Trabalhadores, o presidente
Lula e a pré-candidata Dilma Rousseff participaram dos três principais
atos em São Paulo. Ambos foram recebidos com entusiasmo por mais de
1,5 milhão de pessoas nestas festividades, que tiveram como bandeira
central a luta pela redução da jornada de 44 para 40 horas semanais.
Já o presidenciável demotucano José Serra preferiu não participar das
manifestações do 1º de Maio.

Rechaçado pelas seis centrais sindicais legalizadas no país, o
candidato da oposição neoliberal-conservadora aproveitou a data para
participar de um culto religioso organizado pela Assembléia de Deus em
Santa Catarina. O evento foi bancado pela prefeitura de Camboriú e
pelo governo do estado, ambos administrados por tucanos. Eles
destinaram R$ 540 mil para o evento, nos quais alguns pastores fizeram
orações em apoio explícito a José Serra. A mídia demotucana, que
critica tanto as centrais sindicais por receberem recursos públicos,
preferiu ocultar a doação “sagrada”.

Teste de múltipla escolha

Mas por que José Serra não foi aos atos do 1º de Maio? Afinal, como
ex-governador, ele até foi convidado oficialmente pela Força Sindical.
Para o presidente da central, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT), o
Paulinho, a resposta é simples: “Ele tem medo dos trabalhadores”. Há
outras hipóteses e o leitor pode votar numa das cinco elencadas abaixo
neste teste de múltipla escolha:

1) Como ex-deputado na Assembléia Nacional Constituinte, em 1987/88,
ele votou contra vários direitos dos trabalhadores, segundo
levantamento do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar
(Diap), e temia ser lembrado por seu nefasto passado e vaiado pelos
manifestantes;

2) Como ex-ministro de FHC, ele foi cúmplice da regressão trabalhista
promovida nos oito anos de reinado tucano, que gerou recordes de
desemprego, arrocho salarial, informalidade da mão-de-obra e
precarizaçao do trabalho. Serra, cupincha de FHC, seria lembrando por
esta tragédia;

3) Como ex-governador de São Paulo, Serra reprimiu violentamente todas
as mobilizações dos trabalhadores, como a recente greve dos
professores. Intransigente, ele nunca aceitou negociar com os
sindicatos ou com o MST. A vingança poderia ser maligna nos atos do 1º
de Maio;

4) Como candidato à presidente, o tucano representa o que há de mais
reacionário no patronato e expressa suas idéias de flexibilização
selvagem das leis trabalhistas. Será que ele teria coragem de defender
a redução da jornada de trabalho? Do contrário, tome mais vaias;

5) Todas as alternativas anteriores – e muitas outras.

Altamiro Borges.

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